segunda-feira, 14 de abril de 2008

Você viu na Globo? Calma que te explico!

Primeiramente, peço licença a todos os meus primos, mas isso eu tenho que escrever, senão a Laika não fica quieta de tanto latir dentro do Sputnik e também peço desculpas ao imenso texto... mas é inevitável. Por isso, tomei a liberdade em postar aqui.
Ontem, passou no programa Fantástico sobre uma seita religiosa dissidente da igreja mórmon, cuja seita prega a poligamia. O maior problema disso é que muitas pessoas não sabem o que significa a palavra dissidente. Então... mãos de cobra... quer dizer... mãos à obra:

Dissidente:
do Lat. dissidente
adj. e s. 2 gén.,
que ou a pessoa que diverge da opinião de outrem;
discordante;
que se separou de um grupo religioso ou político por divergir da opinião geral;
cismático.
Divergente:
do Lat. divergente
adj. 2 gén.,
em que há divergência;
discordante;
discrepante;
que se afasta ou não se combina.
Ou seja, por causa desses dissidentes, nossa igreja tem a imagem queimada.
E por que posto isso? Simplesmente pelo tamanho preconceito que vivo em ser "mórmon". Ontem, na igreja, eu coloquei meu testemunho de que muitas pessoas sofrem por seguir essa religião e não é qualquer um que é mórmon não! Precisa ter sangue de barata pra agüentar tantas pedradas e escárnios. Estudar muito e ter argumentos o suficiente em falar que somos cristãos até o âmago, que acreditamos no Cristo vivo e que não somos de uma "seita satânica" e, principalmente, de que não somos racistas e nem polígamos. O engraçado é que não adianta falar nada disso porque sempre impõe as mesmas questões sobre o assunto e nunca muda. O povo tem a mente muito pequena para entender que isso realmente não existe.
Por um outro lado, Joseph Smith, o primeiro presidente, fundador e profeta da igreja também sofreu horrores para que a igreja seja solidificada na terra. Apanhava, era linchado, sofria maus tratos, filhos mortos, casas invadidas, dívidas, piche e pena no corpo, frio... Eu sempre digo que o povo vê as pingas que ele tomava mas jamais os tombos que ele levava.

Tá certo de que Cristo mesmo falou que não seria fácil, mas valeria a pena e, como sempre, Ele acerta.

Um outro motivo em defender porque é um dever nosso, um direito, é a bandeira da liberdade de expressão que acabei de levantar aqui. Oras, se o povo pode usar a liberdade de expressão pra falar de "Dako é bom", "quer dançar? quer dançar? o tigrão vai te ensinar", "Crééééééééééuuuuuuuuuuuu..." ou " a p... da b... é minha", por que não posso usá-la para defender a minha crença? Porque é difícil você falar que é contra um casamento homosexual, mesmo tendo grande amigos homosexuais e parentes homosexuais que você ama com todo amor e carinho (como eu, por exemplo) sem ser taxado de preconceituoso. É diícil você falar que "na nossa igreja, isso não existe e isso que você falou é errado" e não ser taxado de fanático ou cego. No entanto, assim como defendo meus primos, meus parentes, Cristo e o Pai Celestial que são as pessoas que amo com unhas e dentes, também defendo a minha causa.
E, sim, claro, não é porque sou cristã que deixei de ouvir Rock and Roll, viu? No entanto, ainda escuto essas porcarias como Cream, Hendrix, Captain Beyond, Supertramp... e tampouco deixarei meus amigos de lado porque ou são de outra fé ou são simplesmente ateus por opinião própria. No entanto, se eu fizesse isso, quebraria o maior mandamento de Cristo que é amar ao próximo como amar a si mesmo.

E todos os primos que lerem isso e tiverem uma coisa engasgada na garganta, grite aqui nesse blog! Está aberto à todos! O espaço é nosso e precisamos de gritar de vez em quando.

Mesmo nesse chavão bobo, agradeço à todos pela compreensão.

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